Entre centenas de estrangeiros que pisaram em solo cearense, sejam eles cristãos ou sem religião, nenhum é mais importante para o Movimento Pentecostal do que o missionário Gunnar
Adolf Vingren. Falar de sua permanência no Ceará, que teve duração de apenas 40 dias, parece ser simples. Todavia, o desejo constante em fazer a obra de Deus crescer lhe levou a envolver-se
incansavelmente quando esteve em terras alencarinas. Logo, é impossível que apresentemos aos leitores um registro completo, fiel, como eu gostaria que fosse.
A lembrança que ficou de sua passagem pelo Ceará foi o mover de Deus, vividos tanto pelos irmãos que residiam no Sítio Santana quanto na Fazenda Lagoinha, em São Francisco de Uruburetama. As duas congregações ouviram da voz do fundador da Assembleia de Deus no Brasil a genuína doutrina do Movimento Pentecostal. Curas divinas, profecias, batismos no Espírito Santo e salvação de almas eram constantemente testemunhados pelos pioneiros. A geração de Raimundo de Salles Gomes e de Vicente de Salles Bastos viveu de forma intensa esse pentecostes. Apesar do retorno de Vingren a Belém (PA) em janeiro de 1915, o fogo ainda continua aceso, mesmo estando próximo de comemorarmos o Centenário. Ele andou a pé, de animal de carga, dormiu de rede e acordava ouvindo sons de passarinhos. Bebeu água do Riacho Santana, comeu tapioca, degustou caldo de cana e comeu um feijãozinho cearense. Naqueles dias, não havia nada de luxo, tudo era igual para todos. O que diferenciava São Francisco de Uruburetama para Fortaleza, onde esteve por seis dias, era o bonde elétrico e as luzes do Centro da cidade, iluminada pela Ceará Gás, com seu gasômetro instalado ao lado da Santa Casa de Misericórdia e da Praça dos Mártires.
A continuação dessa história você encontra no meu livro “Gunnar Vingren no Ceará: 40 dias de avivamento pentecostal”, leia a história completa e veja por onde ele passou, o que aconteceu e como Deus acendeu a chama pentecostal no Ceará naqueles 40 dias da passagem deste grande missionário.