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FOZ DO RIO CURU É ONDE APORTOU O PRIMEIRO EUROPEU NO BRASIL

local histórico da Foz do Rui Curu onde o fato aconteceu

Palos de La Frontera – Espanha a foz do rio Curu – Ceará

É nesta península que nasceu Vicente Yáñez Pinzón, em 1462, em Palos de La Frontera, Andaluzia, Espanha. Seu falecimento aconteceu em Triana, Sevilha, Espanha, no ano de 1514. É a partir dos historiadores Eduardo Bueno, com a obra: ”Náufrago, Traficantes e Degradados” e Rodolfo Espínola: “Vicente Pinzon e a Descoberta do Brasil” que vamos credibilizar os fatos que ocorreram no século XVI, nesta obra literária.

Um outro ingrediente que também vai fazer parte dos escritos e que não vai passar despercebido é a obra: “Paracuru de Todos Nós” de autoria do pesquisador e historiador Lúcio Damasceno. Me recordo do primeiro e único encontro que nós compartilhamos destes fatos na Prefeitura de Paracuru. Era ali que trabalhava. Fiquei conhecendo em primeira mão os detalhes que hoje servem de argamassa para construir esse opúsculo. Não demorou e poucos meses depois me informaram seu falecimento que ocorreu em 20 de agosto de 2013. 

O local exato do embate, onde várias vidas se perderam no confronto entre o índio e o europeu é conhecido como “barra de Paracuru”. Foi surpresa pra mim, que já havia visitado o local nos anos 1980. Não tinha a mínima ideia da enorme importância histórica do ambiente e nem ao menos sabia que os escritores, Lúcio Damasceno e Rodolfo Espínola, haviam visitado o local. Diferente de mim que não tinha conhecimento da memória histórica da localidade, eles estiveram “in-loco”  e, poderam refletir sobre a selvageria que aconteceu no local e que resultou na morte de oito espanhóis e cerca de vinte indígenas. Segundo documentos da época, pertencia a etnia Potiguara. Nossas águas em tons de azul turquesa, por um momento, ficaram manchadas de vermelho. 

As pesquisas em torno dos acontecimentos tiveram início em setembro do mesmo ano, como uma entrevista do Pietro Martire d’ Anghiera, militar italiano, além de sacerdote e historiador, que tomou informações do próprio Vicente Yañez Pinzón. Essas revelações sobre o conflito estão registradas no livro IX da primeira década de quando Anghiera era sacerdote, ou seja, outubro de 1500, um mês depois do “desbravador dos mares” ter regressado a Palos, sua cidade natal. 

Transcrição do combate (Lúcio Damasceno)

No meio da tarde, o capitão decidiu que na manhã seguinte prosseguiria viagem, tomando rumo entre o poente e o norte (Navarrete). Depois de um dia e meio de viagem, provavelmente de 29 a 30 de janeiro, a flotilha encontra a foz de um rio bem maior e mais caudaloso, emoldurado por montanhas verdes ao fundo. Era a foz do rio Curu, a cerca de 100 Km de Fortaleza. Pinzón e seus tripulantes, animados com a nova paisagem, depois de uma sondagem, arriaram âncoras, porque não havia calado que permitisse essa operação. Encontravam-se a uns dois quilômetros da praia. Quatro escaleres, então, foram lançados ao mar com 30 homens, armados com espada e lanças pontiagudas. ( livro: Oleiro Cristão no Vale do Curu) livro em andamento que será publicado pelo historiador Carlos Castro.